Intervenção Oncológica
Metástases Hepáticas
METÁSTASES HEPÁTICAS
Um dos sítios primários mais comum de acometimento hepático é o tumor de intestino, mas também outros como câncer de mama, sarcomas, estômago, pâncreas, rim, melanoma, tumores neuroendócrinos, pulmão, entre outros.
O tratamento das metástases hepáticas é muitas vezes fundamental para que se consiga prolongar a sobrevida dos pacientes, suspender tratamentos quimioterápicos, e até mesmo buscar a cura.
É possível curar um paciente que tenha metástases no fígado?
Quando as lesões são múltiplas, o oncologista intervencionista tem um papel fundamental, seja com a ablação das lesões centrais, seja com procedimentos que permitam a ressecção, como embolização da veia porta, quimioterapia intraarterial, quimioembolização ou mesmo radioembolização.
Ablação de tumores guiada por tomografia e ultrassonografia
A escolha do melhor tratamento dependerá da localização, tamanho e número de metástases, bem como do estado geral de saúde do paciente. Em alguns casos, a ablação hepática pode ser a melhor opção, sobretudo para tumores menores que 3 cm. Em tumores maiores a cirurgia passa a ser mais indicada.
A ablação hepática é uma técnica que tem evoluído ao longo dos anos e, atualmente, oferece alta taxa de controle local da doença, com baixa taxa de complicações e morbidades. Além disso, a ablação pode ser repetida se houver recorrência do câncer no fígado.
Este tratamento costuma demorar entre 30 min e 3 horas, sendo realizado com anestesia geral ou sedação. O paciente costuma ficar internado por 1 noite (as vezes recebendo alta no mesmo dia) e retorna as suas atividades no dia seguinte a alta hospitalar, exceto por exercícios físicos – que ficam suspensos por 5 a 7 dias.
Eletroporação irreversível
Durante o procedimento, são inseridos eletrodos no tumor, que são conectados a um gerador de corrente elétrica. A corrente elétrica é então aplicada nos eletrodos, criando pulsos elétricos que causam rupturas nas membranas celulares do tumor.
A eletroporação irreversível é uma opção terapêutica para pacientes que não podem se submeter a cirurgia devido a fatores como a localização do tumor ou condições médicas pré-existentes. Além disso, a técnica é menos invasiva do que a cirurgia convencional e pode levar a uma recuperação mais rápida
Quimioembolização Hepática
Durante o procedimento, um cateter é inserido na artéria do fígado, e micropartículas misturadas em quimioterápicos são injetadas diretamente no tumor, bloqueando o fluxo sanguíneo para o tumor e mantendo altas de concentração da quimioterapia no interior do tumor.
A quimioembolização hepática possibilita reduzir o tamanho do tumor e controlar os sintomas em pacientes com câncer metastático no fígado. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local com sedação leve e o tempo de internação costuma ser de 24 horas.
Os pacientes podem sentir algum desconforto, náuseas ou dor após o procedimento, mas isso geralmente é temporário e pode ser controlado com medicamentos.
A quimioembolização hepática pode ser uma alternativa eficaz para pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia ou que não responderam bem à quimioterapia convencional.
Quimioterapia Intrarenal
Com técnica semelhante a quimioembolização, a quimioterapia intra-arterial apresenta a diferença de não incluir partículas ocluindo os ramos que levam sangue para os tumores. Esta alternativa é muitas vezes utilizada para potencializar o efeito da quimioterapia no fígado, tentando-se converter o paciente para futura abordagem cirúrgica.
Radioembolização Hepática
Quando injetado nas artérias hepáticas, as partículas radioativas ficam retidas dentro das metástases, emitindo radiação localmente e destruindo as células tumorais.
O procedimento é realizado sob sedação e anestesia local, e a internação costuma ser de curta duração, geralmente 1 dia.
No entanto, a radioembolização com ittrium é um tratamento indicado para pacientes selecionados, pois exige uma avaliação rigorosa da função hepática antes de ser realizada.
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