BLOG

Desvendando o tumor de esôfago: sintomas, fatores de risco e tratamentos

O câncer de esôfago é uma doença silenciosa, que muitas vezes se desenvolve sem sinais claros, dificultando o diagnóstico precoce. Esse tipo de câncer é frequentemente diagnosticado  em estágios mais avançados, quando já se espalhou para outras partes do corpo. No Brasil, o câncer de esôfago é o sexto mais comum em homens e o 15º em mulheres, sendo mais prevalente entre os idosos. 

Neste artigo, vamos explorar as características dessa doença, como ela se manifesta, os principais fatores de risco e as opções de tratamento disponíveis.

O que é o esôfago e qual é sua função?

O esôfago é um órgão do sistema digestório responsável por transportar o alimento da faringe até o estômago. Sua principal função é permitir a passagem do bolo alimentar para que a digestão ocorra de forma adequada. 

O esôfago tem cerca de 25 centímetros de comprimento e é dividido em três partes: cervical, torácica e abdominal. Ele possui glândulas que secretam muco, facilitando o transporte dos alimentos. As duas glândulas mais importantes são a esofágica da cárdia, próxima ao estômago, e as esofágicas da submucosa.

Tipos de tumores

O câncer de esôfago se origina na mucosa do órgão e pode se espalhar para camadas mais profundas, como a submucosa e a camada muscular. Os dois principais tipos de câncer de esôfago são:

  1. Carcinoma de células escamosas (ou carcinoma epidermoide): se desenvolve nas células que revestem o esôfago. É mais comum em pessoas que têm o hábito de fumar ou consumir grandes quantidades de álcool.
  2. Adenocarcinoma: originado na base do esôfago, próximo da junção com o estômago, esse tipo de câncer surge nas células glandulares responsáveis pela produção de muco. É frequentemente associado ao refluxo gastroesofágico crônico (DRGE).

O câncer de esôfago tem uma disseminação rápida, principalmente porque a região ao redor do esôfago contém muitos linfonodos, que ajudam a espalhar as células cancerígenas pelo corpo.

Fatores de risco

Embora não se saiba exatamente qual a causa do câncer de esôfago, certos fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença. Entre os principais, estão:

  • Idade acima a 55 anos;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Exposição prolongada a produtos químicos (como os de limpeza);
  • Histórico de refluxo gastroesofágico (DRGE); e
  • Ingestão de alimentos ou bebidas excessivamente quentes.

Sinais e sintomas

Os sintomas do câncer de esôfago são frequentemente sutis e podem ser confundidos com outros problemas de saúde. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Dificuldade para engolir (disfagia);
  • Perda de peso inexplicável;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Tosse persistente ou rouquidão; e
  • Azia e refluxo frequentes.

Por ser uma doença com sintomas iniciais difíceis de identificar, é fundamental ficar atento a qualquer mudança no corpo e procurar atendimento médico caso note qualquer um desses sinais.

Diagnóstico 

O diagnóstico precoce do câncer de esôfago é fundamental para o sucesso do tratamento. Exames de rotina, como endoscopia, podem ajudar a identificar anormalidades na região do esôfago. 

Caso o médico suspeite de câncer, ele pode realizar uma biópsia durante a endoscopia para confirmar o diagnóstico. Exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia, também podem ser realizados para avaliar a extensão da doença e verificar se ela se espalhou para outras partes do corpo.

Tratamentos

O tratamento do câncer de esôfago depende de vários fatores, incluindo a localização do tumor, o estágio da doença e a condição geral de saúde do paciente. As opções mais comuns incluem:

  1. Cirurgia: se o tumor for localizado e restrito ao esôfago, a cirurgia pode ser uma opção. No entanto, a cirurgia de esôfago é complexa e a saúde geral do paciente deve ser considerada antes de optar por esse tratamento.
  2. Radioterapia: em casos onde o tumor não pode ser completamente removido, a radioterapia pode ser utilizada para reduzir e controlar o crescimento do câncer. Em alguns casos, a radioterapia é combinada com a quimioterapia.
  3. Quimioterapia: a quimioterapia é frequentemente usada em conjunto com a radioterapia ou após a cirurgia. Ela ajuda a reduzir o tamanho do tumor e a impedir o seu crescimento.

Acompanhamento médico

O câncer de esôfago pode ser silencioso e difícil de detectar, mas o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. 

Entenda mais sobre esse tipo de câncer no 4º episódio do podcast .Doc, no YouTube, onde conversamos com o médico especialista em câncer do estômago e do esôfago, Dr. João Gregório.

Se você tem algum dos sintomas ou fatores de risco, não deixe de procurar um médico. O acompanhamento regular é fundamental para sua saúde e bem-estar. Estamos à disposição para garantir que você receba o cuidado necessário.

Fale conosco e
agende sua consulta

(11) 939334181

Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 180, Itaim Bibi, São Paulo - SP