BLOG

Imunoterapia e terapia-alvo: diferenças e os avanços no tratamento do câncer de estômago

No tratamento do câncer de estômago, os avanços da medicina trouxeram abordagens inovadoras que aumentam as chances de sucesso e permitem um cuidado mais personalizado. Entre elas, a imunoterapia e a terapia-alvo se destacam por oferecer alternativas mais eficazes e direcionadas, permitindo que o próprio organismo combata o tumor ou que medicamentos atinjam células cancerígenas com maior precisão. 

Mas qual é a diferença entre essas duas abordagens? Entender como cada uma funciona é essencial para compreender o impacto no tratamento e as possibilidades disponíveis para os pacientes.

O que é imunoterapia?

Nosso sistema imunológico está constantemente reconhecendo o que é nosso e o que não é. Em condições normais, ele identifica e destrói células defeituosas antes que elas se multipliquem. No entanto, o câncer consegue “enganar” o sistema imunológico, fazendo-se passar por uma estrutura normal do organismo. A imunoterapia age removendo essa “camuflagem” do sistema imune, permitindo que ele enxergue e ataque as células tumorais.

Diferentemente da quimioterapia, que atua inibindo a multiplicação celular tanto de células cancerosas quanto de células saudáveis, a imunoterapia tem como alvo exclusivo as células do tumor, reduzindo os danos colaterais.

E a terapia-alvo?

A terapia-alvo, como o nome sugere, age em alvos específicos das células cancerígenas. Cada tumor pode apresentar alterações genéticas específicas, e a terapia-alvo é projetada para bloquear esses defeitos de maneira personalizada.

Por exemplo, se uma célula cancerosa possui uma alteração na membrana, um medicamento pode ser desenvolvido para bloquear essa mutação e interromper o crescimento do tumor.

No caso do câncer de estômago, uma das principais terapias-alvo é a que bloqueia a proteína HER2, inicialmente usada para tratar o câncer de mama, mas que também demonstrou eficácia em pacientes com tumores gástricos que expressam essa proteína. Esse é um exemplo de tratamento agnóstico, que pode ser aplicado em diferentes tipos de cânceres, desde que compartilhem a mesma alteração molecular.

Os avanços no tratamento do câncer de estômago

O câncer de estômago tem sido um dos que mais avançaram no uso de imunoterapia e terapia-alvo. Atualmente, sabemos que existem várias alterações genéticas e biológicas que podem ser tratadas com medicamentos específicos, como:

  • Instabilidade de microssatélite
  • HER2
  • Fusão do FGFR
  • Tumores ligados ao vírus Epstein-Barr
  • Claudina

Com a evolução da medicina, cada vez mais opções terapêuticas estão sendo desenvolvidas, aumentando as chances de controle da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Histórico familiar e risco genético

Muitas pessoas se perguntam: se meu pai teve câncer de estômago, eu também terei? Embora a maioria dos casos seja esporádica, algumas síndromes genéticas podem aumentar o risco. Se na sua família houve casos de câncer gástrico em idade jovem (antes dos 50 anos), ou se houver muitos casos de câncer no mesmo lado da família, é importante procurar um oncogeneticista para avaliação.

Para alguns indivíduos com mutações genéticas específicas, pode-se até considerar a retirada preventiva do estômago, uma discussão delicada que envolve análise da penetrância do gene (ou seja, a probabilidade real de desenvolvimento do tumor).

E quanto à H. pylori?

A bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é conhecida por aumentar o risco de câncer de estômago, mas nem todas as pessoas infectadas desenvolverão a doença. A erradicação da H. pylori é recomendada para pessoas com gastrite atrófica ou histórico familiar da doença, mas nem sempre o tratamento é simples.

Perspectivas e cuidados futuros

A oncologia tem avançado de forma extraordinária nos últimos anos, e tratamentos como imunoterapia e terapia-alvo estão mudando o prognóstico de vários tipos de câncer, incluindo o câncer de estômago.

Se você tem histórico familiar ou preocupações sobre o tema, consulte um especialista para uma avaliação adequada. Caso esteja em tratamento ou tenha dúvidas sobre os efeitos colaterais, estamos à disposição para te ajudar a  enfrentar essa jornada com mais segurança e qualidade de vida. Não hesite em buscar orientação e esclarecer suas dúvidas.

Fale conosco e
agende sua consulta

(11) 939334181

Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 180, Itaim Bibi, São Paulo - SP