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Metástases no fígado e no pulmão: conheça as opções de tratamento mais utilizadas

Quando o câncer de intestino se espalha para outros órgãos, como o fígado ou o pulmão, é comum surgirem muitas dúvidas e preocupações. Afinal, a palavra “metástase” costuma assustar. Mas é importante saber que, mesmo em casos assim, existem tratamentos eficazes — e, em alguns casos, até com chance de cura.

Neste artigo, vamos explicar, de forma simples e objetiva, quais são as opções mais utilizadas para tratar metástases hepáticas (no fígado) e pulmonares (no pulmão). Você vai entender como cada tratamento funciona, quando é indicado e quais são os seus benefícios.

Tratamentos para metástases no fígado

O fígado é um dos órgãos mais afetados quando o câncer colorretal (de intestino) se espalha. Quando isso acontece, o objetivo é sempre eliminar as lesões ou controlar o crescimento do tumor, garantindo mais qualidade de vida e mais tempo ao lado de quem se ama.

As principais formas de tratamento atualmente são:

  • Cirurgia;
  • Ablação (radiologia intervencionista); e
  • Radioterapia.

Em muitos casos, os médicos combinam essas técnicas para alcançar melhores resultados.

1. Cirurgia: quando é possível remover as metástases

A cirurgia ainda é uma das formas mais eficazes de tratar metástases no fígado, principalmente quando os tumores são maiores que 3 centímetros.

Existem três tipos de cirurgia:

  • Cirurgia aberta: é a mais tradicional, feita com um corte maior no abdômen.

  • Cirurgia laparoscópica: utiliza pequenos cortes e uma câmera para guiar o procedimento.

  • Cirurgia robótica: é uma versão mais moderna da laparoscopia, com maior precisão.

Independentemente da técnica, o que importa mesmo é remover toda a lesão com segurança. A vantagem das cirurgias menos invasivas (laparoscópica ou robótica) é que elas causam menos dor, têm menor risco de complicações e permitem uma recuperação mais rápida.

O fígado tem uma incrível capacidade de regeneração. Em muitos casos, é possível remover até 70% do órgão, desde que a parte restante esteja saudável.

2. Ablação: menos invasiva, indicada para tumores pequenos

A ablação é um tratamento feito por radiologistas intervencionistas, sem a necessidade de grandes cortes. Ela é indicada para tumores pequenos, geralmente com até 3 centímetros.

Funciona assim: guiado por ultrassom ou tomografia, o médico insere uma agulha fina diretamente no tumor. Essa agulha libera uma forma de energia, que pode ser calor, micro-ondas ou outra forma, capaz de destruir o tumor e uma pequena área ao redor dele.

É uma técnica segura, eficaz para lesões pequenas, e com recuperação rápida. Muitas vezes, é utilizada em conjunto com com a cirurgia, como, por exemplo, cirurgia para os tumores maiores e ablação para os menores.

3. Radioterapia: opção para casos mais delicados

A radioterapia no fígado é menos comum, mas pode ser uma boa alternativa quando o tumor está em regiões difíceis de operar, como próximo a vasos sanguíneos importantes ou às vias biliares.

Nesses casos, a radioterapia ajuda a controlar o crescimento do tumor, evitando que ele cause sintomas, sem precisar de uma cirurgia invasiva.

E quando a metástase está no pulmão?

As metástases pulmonares também podem acontecer, principalmente em casos de câncer de intestino. Felizmente, as mesmas técnicas utilizadas no fígado também podem ser usadas no pulmão: cirurgia, ablação e radioterapia.

1. Cirurgia pulmonar: eficaz, mas com mais cuidado

A cirurgia no pulmão busca remover o nódulo (lesão) com precisão. Mas, como o pulmão é um órgão mais delicado, nem sempre é possível fazer uma cirurgia simples, pois às vezes é necessário retirar uma parte maior do órgão para garantir a segurança do paciente.

Por isso, é fundamental que o paciente seja avaliado com cuidado, para evitar perda de função respiratória.

2. Ablação pulmonar: tratamento preciso e menos agressivo

A ablação no pulmão funciona da mesma forma que no fígado. Uma agulha é inserida no nódulo e libera energia que destrói o tumor.

A grande vantagem é que o restante do pulmão continua preservado, o que é ótimo para manter a capacidade respiratória. É uma opção segura e muito indicada para lesões pequenas e bem localizadas.

3. Radioterapia no pulmão: alternativa quando outras opções não são viáveis

A radioterapia também pode ser usada para tratar metástases pulmonares. No entanto, ela costuma atingir uma área maior ao redor da lesão, o que pode afetar um pouco a função pulmonar.

Mesmo assim, é uma boa escolha quando a cirurgia ou a ablação não são possíveis.

Tratamento individualizado faz toda a diferença

Não existe um tratamento “padrão” para metástases. Tudo depende de fatores como:

  • Quantidade e tamanho dos tumores;

  • Localização das lesões no órgão;

  • Condição de saúde do paciente;

  • Objetivo do tratamento (cura, controle ou alívio dos sintomas); e

  • Equipamentos e profissionais disponíveis.

Por isso, as decisões são sempre tomadas por uma equipe multidisciplinar, oncologistas, cirurgiões, radiologistas e outros especialistas, que vão avaliar o que é melhor para cada caso.

Todas as lesões precisam ser tratadas

Se o objetivo do tratamento for a cura, não adianta tratar só uma parte das metástases. É essencial que todas as lesões visíveis sejam abordadas. Do contrário, o câncer pode continuar se espalhando, mesmo com um procedimento grande e bem-sucedido.

Há esperança e tratamento possível

Receber o diagnóstico de metástases no fígado ou no pulmão não significa o fim das possibilidades. Com os avanços da medicina, existem alternativas reais para controlar a doença e, em alguns casos, até alcançar a cura.

O mais importante é avaliar com calma todas as opções disponíveis junto à equipe médica. Técnicas menos invasivas, como a ablação, têm se mostrado eficazes e oferecem bons resultados com menor impacto no corpo.

O Dr. Luiz Tenório é especialista em radiologia intervencionista e em tratamentos minimamente invasivos, como a ablação, para casos de metástase hepática e pulmonar.

Se você está em busca de um tratamento mais leve e eficaz, vale a pena conhecer essas alternativas e conversar com especialistas para entender se elas se aplicam ao seu caso.

 

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