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Metástases: Um estágio sem solução?

O diagnóstico de câncer já é, por si só, um momento de grande preocupação para qualquer paciente e seus familiares. Quando associado à presença de metástases, o quadro se torna ainda mais complexo, trazendo consigo um prognóstico mais reservado e, muitas vezes, uma sensação de impotência. Mas, afinal, o que é a metástase? Existe alguma solução para essa condição que parece tão devastadora? Neste artigo, vamos explorar o que caracteriza a metástase e, em especial, o papel do oncologista intervencionista no tratamento das metástases hepáticas.

O que é Metástase?

Metástase é o termo utilizado para descrever a disseminação de células cancerígenas de um tumor primário para outras partes do corpo, formando novos focos de câncer em órgãos e tecidos distantes. Isso ocorre quando as células tumorais se desprendem do tumor inicial, penetram na corrente sanguínea ou linfática e, após percorrerem o corpo, se instalam em novas regiões, formando novos tumores. Esse processo é dividido em quatro etapas principais:

  • Invasão: As células cancerígenas adentram os vasos sanguíneos ou linfáticos próximos ao tumor original.
  • Circulação: As células percorrem os vasos, podendo estar isoladas ou em pequenos grupos.
  • Estabelecimento: Elas se alojam nos leitos capilares de outros órgãos ou tecidos.
  • Colonização: As células cancerígenas finalmente invadem o tecido hospedeiro e formam novos tumores.

Existem dois tipos principais de metástase: a regional, quando as células cancerígenas se espalham para áreas próximas ao tumor inicial, e a distante, quando se deslocam para regiões afastadas. Apenas neoplasias malignas têm a capacidade de evoluir para metástases, sendo esse um fenômeno exclusivo de tumores agressivos.

Metástases hepáticas: Um foco de preocupação
O fígado é um dos órgãos mais comumente afetados por metástases, devido ao seu papel como filtro sanguíneo e sua conexão com o sistema digestivo. Neoplasias do intestino, mama, pulmão e estômago, entre outros, frequentemente resultam em metástases hepáticas. A presença de metástases no fígado é um fator prognóstico importante, e sua detecção precoce pode ser essencial para melhorar as chances de controle e, até mesmo, de cura.

Mas é possível curar um paciente com metástases hepáticas? A resposta é sim, mas depende de vários fatores, como o tipo de câncer primário, o número de lesões hepáticas, suas localizações e o estado geral de saúde do paciente. A oncologia intervencionista, um campo que atua em conjunto com a oncologia clínica e cirúrgica, desempenha um papel fundamental na abordagem dessas lesões, buscando tratamentos menos invasivos e altamente eficazes.

Tratamentos realizados pelo oncologista intervencionista:

O oncologista intervencionista utiliza técnicas minimamente invasivas, guiadas por imagem, para tratar as metástases hepáticas. Essas abordagens podem oferecer controle eficaz da doença e, em alguns casos, até mesmo a cura. Vamos explorar algumas dessas técnicas:

Ablação Hepática Guiada por Imagem: Utilizando tecnologias como tomografia e ultrassonografia, a ablação hepática destrói os tumores localizados no fígado através de diferentes tipos de energia, como radiofrequência, micro-ondas e crioablação. Esse procedimento pode ser curativo para tumores menores que 3 cm e é menos invasivo do que cirurgias convencionais. A recuperação é rápida, com o paciente retomando suas atividades normais em poucos dias.

Eletroporação Irreversível: Conhecida como Nanoknife, essa técnica utiliza correntes elétricas de alta intensidade para criar pequenos poros nas células tumorais, levando à sua destruição. É indicada para tumores em locais de difícil acesso ou para pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia.

Quimioembolização Hepática: Neste procedimento, quimioterápicos misturados a micropartículas são injetados diretamente na artéria que alimenta o tumor, bloqueando o fluxo sanguíneo e mantendo alta concentração de quimioterapia no local. Essa técnica é útil para reduzir o tamanho dos tumores e controlar os sintomas.

Radioembolização com Ítrio-90: Pequenas partículas radioativas são administradas nas artérias hepáticas, emitindo radiação diretamente nos tumores e destruindo as células malignas. É uma alternativa para pacientes que não respondem bem à quimioterapia convencional.

Essas abordagens inovadoras permitem um controle mais eficaz das metástases hepáticas, melhorando a qualidade de vida e aumentando as chances de sobrevida dos pacientes. Contudo, é essencial que cada caso seja avaliado de forma individualizada, levando em consideração as particularidades do paciente e do tumor.

Apesar do cenário desafiador que as metástases representam, a medicina moderna oferece diversas estratégias para seu tratamento e controle, especialmente quando se trata das metástases hepáticas. A oncologia intervencionista surge como uma área promissora, possibilitando tratamentos menos invasivos e com alta eficácia. Portanto, o diagnóstico de metástases não é uma sentença definitiva, mas sim um convite para buscar as melhores opções de tratamento e manter a esperança viva.

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