O câncer de pâncreas é uma doença agressiva e silenciosa, muitas vezes descoberta em um estágio muito avançado. O diagnóstico costuma ser um choque, no que parecia ser apenas uma dor abdominal. Neste texto, vamos entender um pouco mais sobre o prognóstico da doença.
O que é Câncer de Pâncreas?
Há diversos tipos de câncer no pâncreas, o mais comum que acomete é o adenocarcinoma ductal, sendo também um dos mais agressivos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer corresponde a 90% dos casos diagnosticados da doença, sendo responsável por 1% de todos os cânceres diagnosticados no Brasil e por 5% das mortes causadas por tumores.
Existem diversos estágios da doença: quando ela está localizada somente no pâncreas (estágio 1 ou 2), quando começa a atingir estruturas e linfonodos próximos (estágio 3), e as metástases, que se espalham para outros órgãos (estágio 4).
Prognóstico real
Atualmente, a sobrevida média de pacientes com câncer de pâncreas é muito variável, dependendo sobretudo da telerancia dos pacientes aos pesados esquemas de quimioterapia, porém pode-se dizer que uma minoria alcança sobrecida de 5 anos. A cura pode ser alcançada nos estágios iniciais. Nos estágios avançados (estágios 3 e 4), procura-se “controlar” a doença pelo maior tempo possível.
Condições de comportamento, comoobesidade, tabagismo, diabetes tipo 2 e etilismo, questões hereditárias e genéticas,e a idade (maior se 70 anos) podem favorecer o aparecimento deste câncer.
Efetividade de tratamentos
A cirurgia ainda é a mais indicada para o tratamento nos estágios iniciais, com potencial de cura. Pacientes diagnosticados precocemente têm uma incidência de sucesso maior. O procedimento visa a remoção da parte ou partes afetadas e, por esse motivo, alguns pacientes não podem ser operados de imediato. Nesses casos, quimioterapia é indicada para ajudar a diminuir os tumores.
Existem também métodos de cirurgia não invasiva, que ajudam nos casos em que a pessoa doente não tem condições de passar por uma cirurgia convencional, como a Eletroporação Irreversívele radiocirurgia, o primeiro tratamento, utiliza agulhas inseridas na região
Ao redor do tumor para emitir pulsos elétricos de alta intensidade(3000 Volts), causando a morte celular.a combinação de quimioterapia, eleteoporação seguida de radiocirurgia é apontada por diversos autores como a melhor alternativa para pacientes com doença localizada mas não passíveis de ressecção cirúrgica.
Recuperação pós-tratamentos
As cirurgias, por serem de alta complexidade, requerem um internação geralmente de 10 a 15 dias. Apresentam taxas de mortalidade em 90 dias de 5 a 12% e taxas de complicações de aproximadamente 40-50%. Após esse período de internação, há um período de recuperação domiciliar de 30 a 90 dias, para então retornar as atividades corriqueiras e ao tratamento quimioterápico.
Na eletroporação irreversível (alternativa ao paciente não cirúrgico), o paciente usualmente recebe alta em 1 a 2 dia, pois é um procedimento menos invasivo e guiado por tomografia computadorizada. As taxas de complicações são de 20 a 30%, sendo a mais comum pancreatite leve.
Existe uma real chance de cura?
A resposta para essa pergunta é sim, em estágios iniciais. Nos demais estágios, dependerá de vários fatores, como por exemplo:
- O tipo de câncer, o adenocarcinoma ductal, é o mais comum, presente em 90% dos casos e também o mais agressivo, existem também outros tipos menos agressivos, como os tumores neuroendócrinos.
- Agressividade do tumor: Isso é algo imprescindível e que infelizmente ainda não é possível medir com precisão, às vezes pacientes com quadros avançados apresentam uma melhora muito mais significativa do que pacientes em estágios iniciais por conta desse fator.
Lembre-se, o diagnóstico de câncer de pâncreas não é necessariamente incurável. Muitos fatores influenciam seu tratamento e prognóstico. Tenha uma conversa clara com o médico oncologista clínico pois ele saberá todo o seu histórico e exames e poderá fornecer informações mais concretas a respeito da doença.
