Intervenção Oncológica

Metástases Hepáticas

METÁSTASES HEPÁTICAS

Metástases hepáticas ocorre quando os tumores se espalham acometendo o fígado. O fígado funciona fisiologicamente como um filtro, metabolizando diversas substâncias presentes no sangue. Todo o sangue do sistema digestivo retorna ao coração passando pelo fígado e talvez por esse motivo seja tão comum ser sítio de metástases.

Um dos sítios primários mais comum de acometimento hepático é o tumor de intestino, mas também outros como câncer de mama, sarcomas, estômago, pâncreas, rim, melanoma, tumores neuroendócrinos, pulmão, entre outros.

O tratamento das metástases hepáticas é muitas vezes fundamental para que se consiga prolongar a sobrevida dos pacientes, suspender tratamentos quimioterápicos, e até mesmo buscar a cura.

É possível curar um paciente que tenha metástases no fígado?

A resposta é sim, é possível. No entanto, nem sempre e nem para todos os tumores primários. O sítio primário, o número de tumores no fígado, suas localizações e tamanhos no fígado são alguns dos fatores que impactam na possibilidade de cura. A oncologia intervencionista atua muito próximo da oncologia clínica e cirúrgica para que a cura seja alcançada nos casos de metástases hepáticas. Vale destacar que a cura só acontece quando todas as lesões do fígado são tratadas.

Quando as lesões são múltiplas, o oncologista intervencionista tem um papel fundamental, seja com a ablação das lesões centrais, seja com procedimentos que permitam a ressecção, como embolização da veia porta, quimioterapia intraarterial, quimioembolização ou mesmo radioembolização.

Tratamento realizados pelo Oncologista Intervencionista em Metástases Hepáticas

Ablação de tumores guiada por tomografia e ultrassonografia

A ablação hepática de metástases guiada por imagem é uma opção terapêutica que pode ser curativa em alguns casos, e em muitas situações é uma alternativa igualmente eficaz e menos invasiva do que a cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica. Existem várias energias que podem ser aplicadas para destruição dos tumores, sendo as principais radiofrequencia e microondas (ambas aquecendo o tecido tumoral), crioablação (congelando a -160 oC) e eletroporação irreversível (não altera a temperatura, podendo ser utilizada em tumores centrais).

A escolha do melhor tratamento dependerá da localização, tamanho e número de metástases, bem como do estado geral de saúde do paciente. Em alguns casos, a ablação hepática pode ser a melhor opção, sobretudo para tumores menores que 3 cm. Em tumores maiores a cirurgia passa a ser mais indicada.

A ablação hepática é uma técnica que tem evoluído ao longo dos anos e, atualmente, oferece alta taxa de controle local da doença, com baixa taxa de complicações e morbidades. Além disso, a ablação pode ser repetida se houver recorrência do câncer no fígado.

Este tratamento costuma demorar entre 30 min e 3 horas, sendo realizado com anestesia geral ou sedação. O paciente costuma ficar internado por 1 noite (as vezes recebendo alta no mesmo dia) e retorna as suas atividades no dia seguinte a alta hospitalar, exceto por exercícios físicos – que ficam suspensos por 5 a 7 dias.

Eletroporação irreversível

A eletroporação irreversível, também conhecida como Nanoknife, é uma técnica de tratamento minimamente invasiva para tumores de fígado. Essa técnica utiliza correntes elétricas de alta intensidade para criar pequenos orifícios nas células do tumor, levando a sua destruição.

Durante o procedimento, são inseridos eletrodos no tumor, que são conectados a um gerador de corrente elétrica. A corrente elétrica é então aplicada nos eletrodos, criando pulsos elétricos que causam rupturas nas membranas celulares do tumor.

A eletroporação irreversível é uma opção terapêutica para pacientes que não podem se submeter a cirurgia devido a fatores como a localização do tumor ou condições médicas pré-existentes. Além disso, a técnica é menos invasiva do que a cirurgia convencional e pode levar a uma recuperação mais rápida

Quimioembolização Hepática

A quimioembolização hepática é um tratamento minimamente invasivo realizado pelo oncologista intervencionista que pode ser utilizado para tratar metástases hepáticas de diversos sítios primários. Geralmente aplicado quando são múltiplos nódulos ou lesões de grandes dimensões (maiores que 3-5 cm).

Durante o procedimento, um cateter é inserido na artéria do fígado, e micropartículas misturadas em quimioterápicos são injetadas diretamente no tumor, bloqueando o fluxo sanguíneo para o tumor e mantendo altas de concentração da quimioterapia no interior do tumor.

A quimioembolização hepática possibilita reduzir o tamanho do tumor e controlar os sintomas em pacientes com câncer metastático no fígado. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local com sedação leve e o tempo de internação costuma ser de 24 horas.

Os pacientes podem sentir algum desconforto, náuseas ou dor após o procedimento, mas isso geralmente é temporário e pode ser controlado com medicamentos.

A quimioembolização hepática pode ser uma alternativa eficaz para pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia ou que não responderam bem à quimioterapia convencional.

Quimioterapia Intrarenal

Com técnica semelhante a quimioembolização, a quimioterapia intra-arterial apresenta a diferença de não incluir partículas ocluindo os ramos que levam sangue para os tumores. Esta alternativa é muitas vezes utilizada para potencializar o efeito da quimioterapia no fígado, tentando-se converter o paciente para futura abordagem cirúrgica.

Radioembolização Hepática

A radioembolização com ittrium é uma técnica de tratamento minimamente invasiva para metástases hepáticas que consiste em administrar micropartículas radioativas diretamente nas artérias que alimentam o tumor no fígado.
Quando injetado nas artérias hepáticas, as partículas radioativas ficam retidas dentro das metástases, emitindo radiação localmente e destruindo as células tumorais.

O procedimento é realizado sob sedação e anestesia local, e a internação costuma ser de curta duração, geralmente 1 dia.

No entanto, a radioembolização com ittrium é um tratamento indicado para pacientes selecionados, pois exige uma avaliação rigorosa da função hepática antes de ser realizada.

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